Quando utilizar a captação lateral no SPDA?

TRANSCRIÇÃO PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

No podcast de hoje, analisaremos em quais situações deve ser realizada a captação lateral no SPDA, eu sou Nikolas Lemos e seja muito bem-vindo. 

A grande maioria das descargas atmosféricas atingem preferencialmente o topo das edificações, por isso é comum vermos captores nos telhados, lajes, coberturas, etc. Ainda assim, existe  também o risco de que uma edificação seja atingida por descargas em suas fachadas, as chamadas descargas laterais.

Para estruturas com menos de 60m de altura, a probabilidade de ocorrer uma descarga lateral é muito pequena, por isso a NBR5419 não nos obriga a dimensionar um sistema da captação para as fachadas. Entretanto, em estruturas com 60m ou mais, é necessário que se faça essa proteção.

As pesquisas sobre descargas atmosféricas através dos anos, nos mostram que mesmo quando possuem intensidade de corrente mais baixas que a média, pessoas e equipamentos elétricos expostos podem sofrer danos severos. Para a proteção contra esse tipo de descarga, devemos seguir as premissas normativas, tendo como nível de proteção o mínimo possível para seu dimensionamento, ou seja o nível 4. Essa informação é bastante relevante, já que não existe uma obrigatoriedade de seguir o mesmo nível de proteção da captação superior, tornando-a mais barata e simplificada.

Podemos  dimensionar a captação lateral utilizando os já conhecidos métodos das malhas, eletrogeométrico (também chamado de esfera rolante) ou ângulo de proteção. Assim como na captação superior do topo da edificação, será necessário garantir as interligações com os condutores de descida , sejam do tipo externo ou do tipo embutido/estrutural. No caso do sistema de SPDA ser do tipo externo devemos também providenciar a equalização de estruturas metálicas que estejam afastadas da captação ou descidas, sempre respeitando a distância de segurança ‘S’ calculada em projeto. 

E como podemos fazer esse subsistema?

Seguindo a NBR5419, para edificações acima de 60m, consideramos que 20%  da altura superior deve ser protegida. Se a edificação possuir por exemplo 100m de altura, os 20 metros do topo para baixo deverão ser protegidos lateralmente.

A utilização de minicaptores para proteção das quinas, como o TEL-2041 em conjunto a uma malha de cabo de cobre com 35 mm² é uma boa alternativa para se  fazer a captação. Mas o uso da barra chata de alumínio, como a TEL-771, para confecção da malha de captação,  em conjunto a minicaptores chatos de alumínio TEL-942, é a alternativa de mais baixo custo existente no mercado atual.

As conexões da captação lateral com as descidas podem ser feitas da seguinte maneira:

No SPDA Externo, podemos conectar as barras chatas de alumínio da captação lateral com as descidas através do conector para barras TEL-723. Se a conexão for entre dois cabos, podemos utilizar os conectores TEL-725 ou TEL-5021. Se for necessário conectar uma barra com um cabo podemos utilizar o conector bimetálico TEL-722 ou o já conhecido fixador universal TEL-5024.

No SPDA Estrutural de prédios que ainda não foram construídos, podemos conectar diretamente os condutores da captação lateral com as ferragens utilizando os conectores Aterrinsert TEL-656, já que estes são embutidos nos pilares durante a concretagem.

Se os condutores da captação forem barras chatas, serão ainda necessários redutores prisioneiros TEL-667. Se os condutores forem cabos, a opção será por conectores com rabicho TEL-630. Os detalhes em CAD ou PDF destas conexões você encontra em nosso site.

A opção pelo sistema estrutural em prédios que já se encontram construídos com mais de 60m de altura, deve ser muito criteriosa, pois traz a dificuldade extra de ter que escarificar o revestimento e o concreto em vários pontos da fachada para interligar a captação lateral às ferragens das colunas. Essa ação, se não for muito bem executada, pode expor as ferragens estruturais a oxidação e provocar infiltrações no concreto, por isso a opção pelo SPDA externo é mais indicada para estes casos.

A instalação da captação lateral visa, primordialmente, a proteção das pessoas contra o impacto direto do raio, que podem estar próximas a janelas e varandas durante tempestades. Ela também reduz a probabilidade de que pedaços do revestimento eventualmente atingido, seja projetado para os andares inferiores, o que poderia causar acidentes. A captação lateral não oferece proteção para os equipamentos eletroeletrônicos. Para isso deverão ser implementadas as medidas de proteção contra surtos descritas na parte 4 da NBR5419. 

Na Termotécnica Para-raios você encontra todos os produtos para SPDA, além de serviços como projetos, consultorias, acompanhamentos de obras e cursos on-line de SPDA e MPS (medidas de proteção contra surtos).

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